O tema central da catequese do Papa Francisco nesta quarta-feira, 4, foi o perdão, em especial no âmbito da família. Francisco enfatizou que o perdão torna a sociedade menos má e a família é um bom lugar para se treinar o perdão recíproco.
Não se pode viver bem sem o perdão, disse o Papa, e nenhum amor pode durar sem que haja o perdão. No dia a dia, muitas são as situações de injustiças e ofensas para com o outro, ocasiões em que o que deve ser feito é procurar curar as feridas abertas, e logo. “Se esperamos muito, tudo se torna mais difícil”, ressaltou o Papa, recordando o “segredo” que ele mesmo já indicou outras vezes para curar as feridas: não deixar terminar o dia sem pedir desculpa, sem fazer as pazes.
“Se aprendemos a pedir desculpa logo e a darmos o perdão recíproco, curam-se as feridas, o matrimônio se fortalece e a família se torna uma casa sempre mais sólida, que resiste aos choques das nossas pequenas e grandes maldades. E para isso não é necessário fazer um grande discurso, mas é suficiente um carinho. Um carinho e tudo termina e se recomeça. Mas não terminem o dia em guerra, entenderam?”.
Aprendendo a prática do perdão em família, esse hábito será levado para qualquer situação, afirmou o Papa, defendendo, portanto, que haja na sociedade lugares como a família, onde se aprende o perdão recíproco. “A família é um grande ginásio de treinamento ao dom e ao perdão recíproco”.
Sínodo sobre família
O Santo Padre recordou na audiência geral o recente Sínodo sobre Família realizado no Vaticano. Também essa foi uma oportunidade de renovar a esperança de que faz parte da vocação e da missão da família a capacidade de perdoar e se perdoar.
“A prática do perdão não só salva as famílias da divisão, mas as torna capazes de ajudar a sociedade a ser menos má e cruel. A Igreja, queridas famílias, está sempre próxima a vocês para ajudar a construir a suas casas sobre a rocha da qual falou Jesus”.
Jubileu da Misericórdia
E diante da proximidade do Jubileu da Misericórdia, que começa no próximo dia 8 de dezembro, Francisco manifestou o desejo de que, nesse período, as famílias redescubram o tesouro do perdão recíproco.
“Rezemos para que as famílias sejam sempre mais capazes de viver e de construir caminhos concretos de reconciliação, onde ninguém se sinta abandonado ao peso dos seus débitos”.
Canção Nova