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Como devem ser os cantos litúrgicos?

Acantoso longo da Bíblia, aparece com frequência o verbo “cantar”. O convite a cantar vem da necessidade e da alegria. Com a linguagem falada, o ser humano não consegue expressar tudo o que sente e quer quando se relaciona com Deus; então, ele canta.

A música litúrgica surge como um dom do Espírito, que vem ajudar nossa incapacidade. Assim, o canto alcança a altura do amor para corresponder ao amor com que Deus nos amou em Cristo.

O canto litúrgico nos coloca em comunicação com Deus, favorece a unidade e a integração da assembleia, ajuda a aprofundar no acontecimento salvífico que se celebra e cria um ambiente de festa e alegria na comunidade.

O canto litúrgico precisa estar ao serviço da fé e da caridade da comunidade. Ele é um sinal eficaz; não só expressa, mas também realiza os sentimentos íntimos da comunidade, que, quando ouve Deus, responde com louvor, gratidão e súplica.

A música e o canto não são um enfeite, um elemento recreativo ou um recheio na liturgia, mas sim uma parte importantíssima dela. Portanto, é preciso cuidar deles com esmero e integrá-los dinâmica e adequadamente em cada celebração.

O canto é bom e útil na liturgia quando ajuda a orar, a unir a comunidade e a viver o mistério. Do contrário, interrompe e obstaculiza a adequada celebração da liturgia.

É preciso selecionar cantos que tenham qualidade em sua letra e em sua melodia. Hoje abundam composições feitas por pessoas sem formação literária, musical, litúrgica e espiritual, que acabam sendo um verdadeiro desastre artística e liturgicamente.

No canto litúrgico, a música está a serviço do texto, que deve se inspirar na Bíblia ou na própria liturgia; por outro lado, deve servir especialmente para incentivar a contemplação e vida espiritual da comunidade.

Jamais devem ser usados cantos profanos dentro das celebrações litúrgicas (nem em missas de casamento). É preciso diferenciar o canto litúrgico dos cantos utilizados nas convivências, encontros pastorais etc.

Os cantos precisam corresponder aos tempos litúrgicos (advento, natal, quaresma, páscoa), às solenidades (São José, Assunção, Todos os Santos, festas patronais) e às diversas celebrações rituais (batismos, confirmações, casamentos, exéquias).

Os cantos também devem se adequar à natureza das diversas partes da missa. Para a entrada, um canto que uma e motive a assembleia; no ofertório, um canto de louvor; na comunhão, um canto eucarístico ou que convide à fraternidade; na saída, um canto de ação de graças ou em honra de Nossa Senhora.

Uma regra fundamental é que nunca se deve improvisar a seleção e execução dos cantos litúrgicos; isso precisa ser feito em coordenação com o presidente da assembleia, procedendo sempre e em tudo com profundo espírito de fé e de piedade.

Via Aleteia 

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