Todos os anos, no mês de setembro a nossa Igreja dá ênfase a Sagrada Escritura. E como Mãe e Mestra, a Igreja não erra em propor aos seus filhos uma leitura que os ajude na sua missão. Por sinal, embalados pelo Documento de Aparecida, que nos pede que sejamos discípulos e missionários de Jesus Cristo, este ano a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) nos indica para a nossa Leitura Orante, o livro do profeta Jonas. Mas, por que o profeta Jonas? Porque Jonas é um profeta missionário.
O nome Jonas significa “pomba”, e nós sabemos que a pomba é aquela que leva a mensagem. Neste caso, Jonas é o portador da mensagem do Senhor ao povo.
Ao profeta Jonas é confiado à missão de pregar a Palavra de Deus em Nínive. Mas Jonas não foi dócil ao Senhor, e fugiu. Coisa que acontece com muitos católicos de hoje, ou seja, o medo de ser profeta, principalmente em sua casa. E quando a gente foge de Deus, como Jonas também fugiu, somos engolidos pelo mal. Pelo grande peixe do pecado. E os mesmos pecados que desagradavam a Deus na época de Jonas, também hoje são os nossos, como: a malícia, idolatria, brutalidade contra os mais fracos, além da forte imoralidade.
Mas Jonas foi tocado pelo Dedo do Senhor e viu que estava fazendo tudo errado. Assim, Jonas se arrependeu. E arrependido, retoma o caminho da obediência. E Deus que é rico em misericórdia, faz um novo chamado a Jonas. Agora, Jonas torna-se um missionário obediente. Levanta e vai a cidade pregar. E quando somos obedientes a Deus, nos convertemos e convertemos os nossos. E Deus faz a Sua parte nos dando o livramento dos males. Os habitantes de Nínive arrependeram-se dos seus pecados, e voltou-se a adorar apenas o Deus Verdadeiro.
Voltar atrás não é vergonhoso. Vergonhoso é permanecer no erro. Jonas não dá uma grande lição. Hoje, não podemos fugir da Palavra de Deus. Temos que ser fieis ao chamado do Senhor e a Sua Palavra. A Bíblia não pode ser em nossa casa, um enfeite, um objeto, mas sim, o alimento da alma, que nos dá vida e força para percorrer o caminho rumo ao céu. A essência da Igreja, a sua vocação, é ser missionária. E só somos felizes, quando somos aquilo que Deus nos chamou a ser: Missionários e Discípulos de Jesus Cristo a luz da Sua Palavra.
Por Alex Sandro Serafim, seminarista da Diocese de Criciúma. Atualmente cursa o 3º ano de filosofia na Faculdade São Luiz, em Brusque, SC.